Por que um bom NOC precisa entender SIEM (e vice-versa)
A interdependência entre operação e segurança é essencial para garantir visibilidade, prevenção e resposta eficaz a incidentes.
Tradicionalmente, o NOC (Network Operations Center) cuida da operação, enquanto o SOC (Security Operations Center) responde por segurança. Mas essa divisão rígida já não funciona em 2025. A complexidade atual exige uma visão integrada, onde analistas de NOC entendem eventos de segurança e analistas de SOC compreendem o comportamento da rede e da infraestrutura.
Neste artigo, demonstro por que a sinergia entre SIEM e NOC é crítica, trazendo exemplos reais e integrando conceitos abordados em publicações como Como Funciona um NOC: Bastidores da Monitoria 24/7 e SIEM na Prática: Como Corrigir Gaps de Segurança.
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🧩 O que o NOC vê (e que o SOC precisa)
O NOC monitora:
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Uptime de servidores
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Consumo de banda
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Picos de CPU e memória
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Logs de serviço e infraestrutura
Mas um comportamento anômalo nem sempre é uma falha técnica — pode ser indício de ataque, como exfiltração de dados ou movimentação lateral.
📌 Exemplo real:
→ Em Quando o SIEM salva a noite, foi o Zabbix (monitorado pelo NOC) que identificou o uso incomum de CPU que alimentou o alerta no SIEM.
🛡️ O que o SIEM vê (e que o NOC não pode ignorar)
O SIEM correlaciona:
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Logs de autenticação
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Alterações de ACLs
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Acessos via API e VPN
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Comportamentos desviantes
Esses eventos precisam ser entendidos também por quem mantém os serviços online. Afinal, um incidente de segurança pode impactar performance, conectividade e disponibilidade — temas do NOC.
🔄 Integração prática entre NOC e SIEM
1. Dashboards compartilhados
Tenha painéis visíveis ao NOC e ao SOC — unificando alertas técnicos e de segurança.
→ Exemplos práticos: Como integrar Zabbix, Kibana e Sensedia
2. Procedimentos conjuntos
Crie Playbooks híbridos: se o Zabbix apontar instabilidade e o SIEM indicar movimentação anômala, o NOC aciona o SOC automaticamente.
3. Treinamento cruzado
Capacite operadores de NOC para interpretar alertas de segurança e vice-versa. Isso reduz a latência na resposta e evita escalonamentos desnecessários.
🧠 Casos reais de falha por falta de integração
Um incidente de DoS via API mal estruturada foi ignorado por parecer “apenas um pico de tráfego”. Como não houve leitura conjunta entre Sensedia e o NOC, o serviço saiu do ar por 17 minutos. Uma integração com o SIEM teria mostrado que era um ataque automatizado com payloads repetitivos.
Esse tipo de gap, como discutido em ESU Windows Server: Segurança Estendida, expõe ambientes legados e híbridos que requerem resposta rápida e coordenada.
✅ Benefícios diretos da integração
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Resolução mais rápida de incidentes
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Menos escalonamentos entre times
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Redução de falsos positivos (como explicado em Como Afinar seu SIEM)
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Economia operacional e menos impacto ao cliente
📚 Conclusão
O NOC precisa conhecer o SIEM. O SOC precisa entender a operação. Essa interdependência é o que torna a segurança eficaz e o ambiente resiliente.
Se você atua em qualquer uma dessas frentes, está na hora de construir pontes — entre ferramentas, entre times e entre conhecimentos. O futuro da segurança não é silo. É integração.
✍️ Autor
Fábio Wlademir
Especialista em TI • NOC • SOC • Segurança Digital • Automação com IA • Estudante de Direito
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PÁGINAS PRINCIPAIS
SERVIÇOS PROFISSIONAIS
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- ▸ Consultoria em TI: Infraestrutura, Segurança e Monitoramento (Zabbix/Nagios/Splunk)
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- ▸ Suporte Especializado: Ambientes Críticos e Bancários
Especialista em Infraestrutura e Segurança da Informação
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